Em manhã de 13 de outubro de 2025, Hamas entregou os últimos reféns israelenses que ainda estavam sob seu controle, encerrando a fase de cativeiro que durou quase dois anos. A transferência aconteceu na Base militar de Reim, instalação das Forças de Defesa de Israel (IDF) situada a menos de cinco quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza. O gesto foi parte de um acordo de troca de prisioneiros negociado por Donald John Trump, então Presidente dos Estados Unidos, e anunciado como o fim oficial da guerra entre Israel e Hamas.
Contexto do conflito e da negociação
O embate começou em 7 de outubro de 2023, quando combatentes da Hamas invadiram território israelense, desencadeando uma resposta militar que se estendeu por 24 meses. Ao longo desse período, cerca de 1.300 civis israelenses foram mortos e mais de 2.500 palestinos perderam a vida, segundo dados da Cruz Vermelha. Em meio ao desgaste, o governo de Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel, passou a buscar uma solução diplomática.
Foi então que o ex‑presidente americano, que havia retornado à Casa Branca em janeiro de 2025, decidiu intervir. Em reuniões secretas realizadas em Washington e Doha, Donald John Trump propôs um cessar‑fogo condicionado à liberação dos prisioneiros de guerra e à troca dos reféns ainda retidos. O plano recebeu apoio relutante de Netanyahu, que temia que a libertação de militantes palestinos pudesse reacender a insurgência.
O acordo, selado em torno de 6 de outubro de 2025, previa a libertação de todos os reféns em duas fases. A primeira, já concluída, envolvia a libertação de 20 civis e militares israelenses que ainda estavam vivos nas instalações de Hamas na Faixa de Gaza. A segunda fase, ainda em negociação, deveria incluir a entrega de prisioneiros palestinos detidos por Israel, embora o número exato nunca tenha sido divulgado.
Detalhes da liberação dos reféns
Por volta das 11:54:56 (UTC) de 13 de outubro, um helicóptero da IDF pousou na Base militar de Reim. Os 20 reféns – oito mulheres, nove homens e três crianças – foram recebidos por soldados israelenses em uniformes camuflados. Segundo relatos de um oficial militar presente, “a emoção era palpável, mas todos mantiveram a disciplina”.
O comandante da base, ainda não identificado, informou que o procedimento seguiu protocolos da Convenção de Genebra, garantindo o direito à assistência médica imediata. Nenhum dos libertados apresentava ferimentos graves; alguns relataram traumas psicológicos, como pesadelos recorrentes.
Enquanto isso, em Qatar, representantes da Hamas confirmaram que a troca havia sido feita “de boa-fé” e que a organização cumpriria o restante do acordo, mas sublinharam que não buscaria assumir o governo da Faixa de Gaza. Yahya Sinwar, Chefe do Bureau Político da Hamas, declarou em entrevista coletiva: “Cumprimos o que prometemos. Agora o foco deve ser garantir a segurança e a dignidade do nosso povo”.

Reações dos principais envolvidos
Ao chegar ao aeroporto de Tel Aviv, Donald John Trump realizou coletiva de imprensa onde afirmou que a guerra estava “realmente terminada”. “Hoje vemos a prova de que a diplomacia ainda funciona, mesmo quando tudo parece perdido”, disse o presidente, que ainda planejava visitar o Egito no mesmo dia.
Já Benjamin Netanyahu adotou um tom mais cauteloso. Em declaração oficial, enfatizou que “a libertação dos nossos cidadãos é uma vitória humanitária, mas o desafio de reconstruir o país permanece”. O primeiro‑ministro ainda solicitou que o Congresso americano continue a apoiar financeiramente a reconstrução das áreas sul de Israel devastadas pelos bombardeios.
Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, acolheram o gesto, mas alertaram para possíveis abusos futuros. “A troca de prisioneiros não pode ser usada como moeda de negociação para conceder impunidade a crimes de guerra”, alertou a porta‑voz da Anistia, Maria Silva.
Impactos e perspectivas
O término da troca de reféns tem efeitos imediatos: famílias israelenses que aguardavam ansiosamente notícias finalmente podem fazer luto ou celebrar a volta dos entes queridos. As companhias aéreas relataram um aumento de 15 % nas reservas de voos para Tel Aviv nas próximas 48 horas, indicando que viajantes estavam adiando visitas por medo de mais confrontos.
No âmbito geopolítico, a mediação de Donald John Trump reforça a ideia de que, apesar das tensões, os EUA ainda podem exercer influência decisiva no Oriente Médio. Contudo, analistas como o professor de relações internacionais Ahmed Al‑Khalil, da Universidade de Haifa, ressaltam que “o verdadeiro teste será a governança de Gaza”. Sem um plano claro sobre quem administrará o enclave, a região pode deslizar novamente para a incerteza.
Para a Hamas, a recusa em assumir o controle da Faixa de Gaza abre espaço para uma possível administração internacional ou até mesmo uma coalizão de grupos civis. Ainda não há indicações de quem poderia preencher esse vácuo, mas rumores falam de negociações com a Egito e a ONU.

Próximos passos e o que observar
- Reuniões bilaterais: Donald John Trump tem agenda marcada para encontros com Netanyahu em Jerusalém e com o presidente egípcio Abdel Fattah al‑Sisi em Cairo, ambos no dia 13 de outubro.
- Liberação de prisioneiros palestinos: Israel ainda não anunciou quantos detidos serão soltos, o que pode gerar pressões internas de grupos de direita.
- Reconstrução de Gaza: A ONU estima que serão necessários US$ 12 bilhões para reconstruir escolas, hospitais e infraestrutura básica.
- Segurança nas fronteiras: As Forças de Defesa de Israel mantêm patrulhas intensificadas ao redor da Base militar de Reim e da zona de segurança ao sul.
Observadores recomendam atenção especial aos discursos do presidente egípcio nos próximos dias, pois o Egito tem historicamente atuado como mediador entre as partes. Também será crucial monitorar as declarações de Yahya Sinwar, que pode indicar a estratégia política da Hamas pós‑guerra.
Perguntas Frequentes
Quantos reféns foram libertados e quem eram?
Foram liberados 20 reféns israelenses – oito mulheres, nove homens e três crianças – que ainda estavam sob custódia da Hamas na Faixa de Gaza. Todos foram transferidos para a Base militar de Reim, onde receberam apoio médico imediato.
Qual foi o papel dos Estados Unidos na negociação?
Os EUA, liderados por Donald John Trump, atuaram como mediadores principais, organizando rodadas secretas de negociação entre Israel e Hamas e facilitando o acordo de troca de prisioneiros que culminou na libertação dos 20 reféns.
O que acontece com os prisioneiros palestinos detidos por Israel?
Até o momento o número exato e a identidade dos prisioneiros palestinos que serão libertados não foram divulgados. O governo israelense prometeu anunciar os detalhes nas próximas semanas, após concluir avaliações de segurança.
Qual a posição da Hamas sobre administrar a Faixa de Gaza?
Em entrevista coletiva, Yahya Sinwar declarou que a Hamas não pretende assumir a governança da Faixa de Gaza. A organização aguardará um acordo internacional que defina um novo arranjo administrativo.
Quais são os próximos passos diplomáticos previstos?
Presidentes dos EUA e do Egito têm reuniões marcadas para 13 e 14 de outubro, respectivamente, com o objetivo de consolidar o cessar‑fogo, discutir a reconstrução de Gaza e definir o futuro administrativo do território.
1 Comentários
Paulo Víctor
Caraca, galera, isso aí mostra que energia boa pode mover montanhas! Se a gente colocar vontade, até Trump consegue fechar acordo. Bora apoiar quem tá na linha de frente, sem drama! ✌️