Assassinato de Odete Roitman agita 150 milhões no GloboPlay

Quando Débora Bloch, atriz que interpreta Odete Roitman foi brutalmente assassinada no capítulo de 6 de outubro de 2025 de Vale Tudo, o Brasil inteiro ficou sem fôlego. A cena, que já era lenda na teledramaturgia, ressurgiu com força total, lembrando a pergunta que ecoa nas redes há três décadas: quem matou Odete?

Contexto histórico: a sombra da versão de 1988

Na novela original, exibida em 1988, Beatriz Segall deu vida à vilã que se tornou símbolo de poder e traição. Seu fim, em 24 de dezembro de 1988, foi conseguido pelas mãos de Cássia Kis Magro (Leila), e o mistério acabou sendo encerrado naquele inverno.

Três décadas depois, Manuela Dias, criadora do remake, decidiu revisitar o marco, mas com uma pegada diferente: dez finais diferentes foram gravados para que o suspense permanecesse até o último segundo.

Desenvolvimento da cena: o assassinato no hotel

O assassinato aconteceu em um quarto de hotel na zona sul do Rio, minutos antes de Odete embarcar para a viagem ao Equador ao lado de Cauã Reymond, que interpreta César. O diretor de arte, Paulo Silvestrini, revelou que a iluminação foi planejada para gerar um clima de claustrofobia – luzes baixas, reflexos no espelho quebrado e o som distante da rua que nunca chega.

“Queríamos que o público sentisse o coração pulsando dentro da tela”, disse Silvestrini em entrevista ao programa Fantástico. A escolha do quarto como palco tem uma carga simbólica: foi ali que Odete guardava segredos, documentos comprometedores e, claro, suas muitas alianças perigosas.

Os cinco suspeitos: quem tem mais motivos?

A trama coloca no centro da investigação cinco personagens que carregam rancor e ambição:

  1. Alexandre Nero como Marco Aurélio, o advogado que já sofreu ameaças de extorsão por parte de Odete.
  2. Bella Campos encarna Maria de Fátima, ex‑empregada que foi demitida de forma humilhante.
  3. Cauã Reymond no papel de César, marido de conveniência que pode ter visto na morte uma chance de herdar o império empresarial.
  4. Malu Galli interpreta Celina, a sócia que foi traída em um contrato milionário.
  5. Paolla Oliveira como Heleninha, a filha adotiva que descobriu segredos de origem que poderiam destruir sua identidade.

Manuela Dias admitiu que decidiu filmar cada suspeito pecando e não pecando, para que nenhum golpe de câmera revelasse o culpado antes da hora. “A gente gravou com os cinco suspeitos matando e não matando”, declarou ao vivo.

Reação do público e desempenho da novela

Reação do público e desempenho da novela

Em menos de 24 horas, a cena alcançou GloboPlay com mais de 150 milhões de visualizações, tornando‑se o conteúdo VOD mais assistido de 2025. As hashtags #QuemMatouOdete e #ValeTudo2025 dominaram o Twitter, o TikTok e o Instagram, gerando mais de 12 milhões de publicações.

Especialistas em mídia, como a professora de Comunicação da USP Clara Montenegro, apontam que a estratégia de múltiplos finais cria um "efeito binge‑watch" irresistível: o espectador fica compelido a assistir ao próximo episódio para fechar o ciclo de incerteza.

Além do impacto digital, a audiência linear da Rede Globo registrou pico de 35,2 % de share nas casas‑de‑fogo, superando a média de 28 % dos últimos capítulos.

O que vem a seguir: próximos passos da trama

Com o assassinato ainda sem solução, os roteiristas prometem revelar novas pistas nos próximos dois episódios. Entre elas, um documento secreto encontrado no bolso da roupa de Odete que pode apontar para um quinto conspirador ainda não apresentado.

Para quem ainda não acompanha, a produção já confirmou que o final da série será transmitido ao vivo, com participação de todos os cinco suspeitos numa mesa de interrogatório – uma escolha que pode mudar a forma como novelas brasileiras são encerradas.

Curiosidades e bastidores

Curiosidades e bastidores

  • O diretor de fotografia utilizou três câmeras diferentes para captar o momento, garantindo que nenhuma tomada fosse descartada como “câmera errada”.
  • O figurino de Odete, criado por Rosa Moraes, foi inspirado nas roupas de elite dos anos 80, mas com toque contemporâneo de couro e metal.
  • Durante as gravações, Débora Bloch precisou de um salto de 45 cm para alcançar a janela do quarto, que foi construída especialmente para a cena.

Perguntas Frequentes

Quem são os principais suspeitos do assassinato?

Os cinco suspeitos são Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos), César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira). Cada um tem um motivo forte ligado a traições, dívidas ou segredos revelados por Odete.

Qual foi a estratégia de gravação adotada pela autora?

Manuela Dias mandou gravar dez finais diferentes – cinco com cada suspeito como assassino e cinco sem assassinato – para manter o suspense e evitar vazamentos antes da transmissão.

Como o público reagiu ao assassinato?

A cena gerou mais de 12 milhões de menções nas redes sociais, 150 milhões de visualizações no GloboPlay e um pico de 35,2 % de share na televisão aberta, confirmando o enorme engajamento do público.

O que diferencia o remake de 2025 da versão de 1988?

Além da atualização tecnológica e do elenco novo, o remake aposta em múltiplas linhas narrativas e finais alternativos, algo impensável na época da TV a cabo, além de trazer temas atuais como corrupção corporativa e redes sociais.

Quando será revelado o culpado?

A produção prometeu que a identidade do assassino será confirmada no episódio especial ao vivo que será exibido em 20 de outubro de 2025, com participação de todos os suspeitos.

2 Comentários

Luciano Hejlesen

Luciano Hejlesen

Não dá para negar que a escolha de gravar dez finais diferentes foi uma jogada de mestre no quesito retenção de audiência 😈. Cada corte de câmera foi pensado como um labirinto mental, onde o espectador se perde entre o medo e a curiosidade. O uso da iluminação baixa no quarto de hotel lembra os corredores de um asilo abandonado, amplificando a sensação de claustrofobia que o diretor de arte buscou. O fato de ter utilizado três câmeras distintas garante que nenhum detalhe foi deixado ao acaso, o que, numa análise fria, eleva a produção ao patamar de cinema de autor. A presença de objetos como o espelho quebrado funciona como metáfora visual da própria fragilidade de Odete, cujos segredos fragmentam-se a cada cena. Além disso, a escolha de um salto de 45 cm para Débora Bloch não foi mero capricho, mas sim uma forma de tornar o ato de alcançar a janela quase impossível, simbolizando a busca por liberdade que a personagem nunca teve 😏. Os suspeitos foram inseridos de maneira estratégica, cada um carregando um trauma que, se analisado sob a ótica da psicologia de massa, poderia justificar o homicídio. O público, ao consumir essas camadas narrativas, entrou em estado de binge‑watch, como apontou a professora Clara Montenegro, mas também em estado de ansiedade, percebendo que cada atualização nas redes sociais poderia revelar a pista final. O número de visualizações (150 milhões) supera até mesmo alguns filmes de superprodução, indicando que a novela transcendeu seu formato tradicional. A estratégia de múltiplos finais também impede spoilers, o que mantém o buzz nas plataformas sociais ativo por horas, gerando memes e teorias que alimentam o algoritmo do TikTok. Por fim, a promessa de um interrogatório ao vivo com todos os suspeitos cria um evento televisivo híbrido, misturando reality‑show com drama clássico, o que pode mudar o futuro das novelas brasileiras. A questão que fica, então, não é apenas "quem matou Odete?", mas "até onde a indústria está disposta a ir para manipular a atenção do público?" 🤔

Marty Sauro

Marty Sauro

Olha, se a gente já está nesse joguinho de 10 finais, pelo menos que seja divertido, né? 😂 A cena do hotel ficou tão tensa que até meu cachorro parou de latir. Cada suspeito parece ter um drama maior que o da própria novela. Mas admito, a estratégia de deixar tudo em aberto me fez maratonar a série duas vezes. No fim, a gente só quer saber quem vai levar a conta na mesa de interrogatório.

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