Pé-de-Meia: Pagamento da terceira parcela libera novo fôlego financeiro para milhões de estudantes
Na reta final de maio, o Ministério da Educação liberou a terceira parcela do programa Pé-de-Meia, voltado para estudantes do ensino médio da rede pública. São R$ 200 a mais no bolso dos alunos, que precisam comprovar frequência mínima de 80% nas aulas para não ficarem de fora dos próximos pagamentos.
O calendário é bem organizado: os depósitos começaram no dia 26 de maio para quem nasceu em janeiro e fevereiro. Depois, nos dias seguintes, seguem por ordem do mês de aniversário. Essa organização evita confusão e facilita para os 3,4 milhões de estudantes atendidos, segundo dados da Caixa Econômica Federal.
Os estudantes não precisam ir até uma agência para receber: a quantia cai automaticamente na conta poupança Caixa Tem, movimentada pelo aplicativo ou direto nas agências. Para os menores de idade, o responsável legal deve autorizar qualquer saque ou movimentação — tanto pelo app quanto presencialmente. Isso evita problemas, mas também exige atenção da família para liberar o acesso ao dinheiro na hora certa.
Como o Pé-de-Meia funciona e quem tem direito
Com foco em incentivar a permanência no ensino médio, o Pé-de-Meia do MEC exige que o estudante realmente esteja frequentando as aulas. O controle é rigoroso: a cada mês, apenas quem tem pelo menos 80% de presença recebe o bônus do período seguinte. Faltar muito pode cortar o benefício, o que coloca nas mãos do aluno a responsabilidade de manter a regularidade na escola.
Esse incentivo faz diferença sobretudo entre jovens de baixa renda, que muitas vezes pensam em largar os estudos para ajudar financeiramente a família. O programa cobre estudantes de escolas públicas com contas vinculadas ao Caixa Tem, diminuindo a burocracia. O dinheiro serve para pequenas despesas do dia a dia, transporte escolar ou até para aliviar um imprevisto em casa.
Para quem é menor de idade, a autorização dos responsáveis funciona como um duplo incentivo: aproxima pais e filhos do controle da vida financeira e reforça que o estudo é uma prioridade conjunta. Se a liberação não for feita, o saque do benefício fica travado até que o responsável autorize pelo app ou indo até uma agência da Caixa.
No fim das contas, o Pé-de-Meia tenta atacar um problema antigo do Brasil: o abandono do ensino médio. Com um reforço mensal para mais de 3 milhões de jovens, o programa já começa a mudar hábitos e expectativas nas famílias de estudantes públicos pelo país.
