Copa Libertadores 2019: Números que Falam Mais Alto
Se tem algo que chama atenção na Copa Libertadores de 2019 foi o volume: 32 times, 297 jogos, 638 gols. Para quem acompanha futebol raiz, 2,38 gols por confronto não decepciona. Quem ficou ligado percebeu que a intensidade não faltou. Foram nada menos que 1.513 cartões amarelos no total, uma média de mais de cinco cartões por partida, mostrando que jogar na raça ainda é uma realidade treslíngua nos gramados da América do Sul.
O domínio brasileiro saltou aos olhos logo de cara. Cruzeiro, por exemplo, fez uma campanha quase perfeita: cinco vitórias e só um tropeço, garantindo a primeira posição do grupo B. O Flamengo não ficou atrás e, além de liderar seu grupo, foi disparado o ataque mais efetivo da fase de grupos com 24 gols marcados. Palmeiras também não economizou: balançou as redes adversárias 21 vezes. Quem pensa que só brasileiro brilha, errou. A LDU de Quito mostrou força e marcou 16 gols, destacando-se entre os demais times sul-americanos.
Jogadores em Destaque e Jogos de Virar o Olho
Gabriel, do Flamengo, roubou a cena não só pelos gols – foram 9 – mas também por se envolver em polêmicas, levando dois cartões vermelhos. Por falar em disciplina, Enzo Pérez foi outro nome bem lembrado, pois acumulou seis cartões amarelos, encarnando o espírito guerreiro (ou nervoso) típico de Libertadores.
Se tem uma coisa que não faltou foi zebra. Quem esperava um Cruzeiro invencível se surpreendeu ao ver o Emelec vencer por 2 a 1 em pleno Mineirão, calando a torcida celeste em BH. Já o Huracán, quase figurante no torneio, aplicou um 3 a 0 digno de replay no Deportivo Lara.
Alguns times precisaram mostrar serviço nos mata-matas antes mesmo de chegar aos grupos. O Atlético Mineiro arrancou vitória contra o Danubio e depois bateu o Defensor, garantindo presença entre os 32 melhores. O Libertad, quase sempre visto como coadjuvante, surpreendeu ao passar pelo tradicional The Strongest com atuações concretas.
A intensidade se revelou nos números de cartões vermelhos: 42 ao todo. Ninguém passou ileso, e cada jogo parecia decisão. Essa mistura de bons ataques, defesa fechada e pegada ríspida traduz o que a Libertadores tem de melhor: rivalidade, emoção e aquela imprevisibilidade que faz qualquer rodada ser imperdível.