Escalada explosiva: ataques cruzados e pânico nas ruas
O cenário no Oriente Médio nunca esteve tão perto do abismo. No quarto dia de violentos confrontos, Irã e Israel levaram a crise para um nível ainda mais alarmante, com ataques de mísseis e drones provocando mortes e caos em grandes cidades como Tel Aviv, Jerusalém e diversas regiões do Irã. Só na noite do dia 16 de junho de 2025, sirenes de ataque ecoaram sem parar em todo o território israelense, enquanto explosões iluminavam o céu iraniano. Ao todo, pelo menos oito israelenses morreram em novos bombardeios, segundo a rádio militar de Israel, somando-se a um cenário de destruição que já custou dezenas de vidas nos dois lados.
A operação israelense, batizada de Leão em Ascensão, começou no dia 13 de junho e mirou diretamente instalações nucleares e militares iranianas. Foi uma resposta direta às ameaças de Teerã sobre avanços em seu programa atômico, que já vinham incomodando Washington e aliados europeus. Do outro lado, o Irã não hesitou: lançou a Operação Verdadeira Promessa III, disparando mais de 150 mísseis balísticos, além de cerca de 100 drones, que cruzaram o céu da região com um objetivo claro de vingança.
- Human Rights Activists in Iran relataram 452 mortes verificadas no país, com 109 militares mortos e 224 civis atingidos em ataques, bombardeios e áreas próximas a bases militares.
- Israel registrou 24 fatalidades confirmadas desde o início dos disparos, principalmente em Tel Aviv e cidades vizinhas.
- O Irã, em contrapartida, publicou um número oficial de mais de 220 mortos, enquanto especialistas e entidades independentes alertam que os números podem ser ainda superiores, devido à dificuldade de acesso às regiões mais atingidas.
A situação humanitária piorou rapidamente. Nos bairros de Teerã, a população começou a abandonar suas casas em massa, temendo ataques ainda maiores após o alerta emitido pelo ex-presidente Trump, que recomendou a evacuação imediata de cidadãos americanos. O aeroporto da capital ficou lotado, com milhares tentando deixar o país a qualquer preço, mesmo enquanto o espaço aéreo permanecia sob risco e voos internacionais eram suspensos um a um.

Pressão internacional e risco de um conflito nuclear
Ninguém se atreve a prever o próximo passo. Estados Unidos e União Europeia deram sinais claros de exaustão e preocupação; Washington foi direto: qualquer ataque a tropas ou instalações americanas na região pode significar a entrada oficial do país na guerra, o que traria uma guerra total sem precedentes. O alerta do governo americano veio acompanhado de uma série de movimentos militares, incluindo o redeslocamento de navios de guerra para o Mediterrâneo e o aumento do estado de prontidão em bases no Oriente Médio.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também entrou na discussão. Rafael Grossi, diretor da instituição, alertou para o risco gravíssimo de ataques a instalações nucleares, lembrando o planeta das consequências de um possível vazamento ou acidente em escala nuclear.
No tabuleiro das tensões, grupos como Hamas e Hezbollah, já tradicionalmente aliados do Irã, intensificaram ataques a partir do Líbano e da Faixa de Gaza. Não é só o confronto direto: ataques cibernéticos, sabotagens químicas e ações de inteligência estão acontecendo por trás das cortinas. Um exemplo recente foi o suposto ataque hacker a uma usina de aço iraniana, atribuído a operações israelenses.
E enquanto as ruas de Tel Aviv e Teerã lidam com o medo constante, o mundo observa cada movimentação militar, sabendo que uma faísca pode transformar a crise em uma catástrofe global. Organizações como ONU e OTAN seguem pressionando por um cessar-fogo, mas até agora, o apelo por paz parece distante. A instabilidade aumenta depois que os EUA deram um ultimato ao Irã sobre a limitação de seu programa nuclear — o cenário é de desconfiança total e pouca margem para negociação.